O Senso de Utilização do 5S recomenda separar o que nos é útil de o que não precisamos. O que não precisamos é, então, destinado a quem realmente precisa.

Isso é justo.

Esse procedimento tem forte conexão com a palavra Utilização. Considere também a palavra Senso.

Estamos vivendo situações em que a palavra Senso precisa ser fortemente aplicada. Essa palavra representa o sentimento, o juízo de valor, de justiça. Sua repetição ao longo do 5S favorece o bom senso.

Bom senso no entendimento da utilidade dos recursos, bom senso na distribuição dos recursos, bom senso na limpeza da conduta, bom senso em padronizar práticas saudáveis e justas e bom senso para garantir a autodisciplina na observação de o que é justo.

Quando um magistrado tem bom senso, ele percebe que uma certa lei não é justa. E não aceita sua aplicação quando favorecido por ela*.

Bem. Eu nem precisaria escrever isso. Os responsáveis por fazer valer a justiça deveriam ficar profundamente incomodados por ter de usar leis injustas em suas atividades profissionais. Deviam agir como o lavrador que não aceita sementes comprometidas. Deviam cobrar dos legisladores leis mais justas.

Enquanto isso não acontece, pessoas que são privilegiadas pelas leis podem tomar iniciativas saudáveis. Sim, saudáveis! Acostumar-se com benefício de leis injustas é se intoxicar.

Você vai se sentir mais leve e saudável quando recusar o auxílio moradia de que não precisa.

O que o intoxica pelo excesso é saudável para camadas da população em situação de miséria.

A distribuição justa dos recursos vai fazer bem para todos.

* A justiça brasileira permite pagamento de auxílio moradia para juízes, parlamentares e pessoas privilegiadas com salário alto, mesmo quando eles têm moradia no município onde trabalham.

Assine

Você receberá email anunciando novas postagens.

Muito bem! Sua assinatura foi um sucesso!

Pin It on Pinterest

Share This