
Na comunicação, às vezes acontece mistura de sinais, comprometendo o aprendizado.
Por exemplo. A bronca com intensão educativa pode ser um sinal não educativo. A bronca que o pai dá ao filho no esforço de lhe ensinar uma lição, pode levá-lo a aprender outra lição indesejada. O conteúdo que está sendo dito é a intenção do pai para o aprendizado da criança. Se isso é dito por meio de gritos, há o risco de a criança entender que é gritando que se ensina.
Depois, torna-se um adulto que grita com outras pessoas em família, no trabalho, na gestão público, no Parlamento. Alguém que não escuta outras pessoas. Pode também ser alguém que se submete aos gritos quando o outro é mais forte. Assim, não há diálogo.
Essas reflexões permeiam a orientação do 5S na cartilha Dando um Jeito na Bagunça.
Aldo era uma pessoa que gritava com as pessoas.
Ele era extremamente raivoso. Provocando medo nas crianças.
Uma das causas desse jeito do jeito dele ser e agir era o estresse provocado pela bagunça no trabalho, em que tinha pouca produtividade e muito desperdício.
Até que, com o 5S no trabalho, ele deu um jeito naquela bagunça. Isso refletiu no jeito de ser e de agir em casa, com a família.
No primeiro encontro depois dessa mudança, as crianças ainda tiveram receio. Porém, Aldo foi gentil, aproximou-se e permitiu que elas olhassem dentro de seus olhos, para que lessem “no fundo de sua alma” suas intenções. Para cada temor das crianças, o pai falou serenamente, reconhecendo suas falhas e se prontificando para contribuir com o filho para ele superar seus desafios.
Um fundamento importante do 5S é a padronização de boas práticas, de práticas saudáveis com o Senso de Saúde, a saúde de todos. Respeitar o outro é uma prática saudável.
Dar um jeito na bagunça é o começo que viabiliza cuidar de outros desafios para a qualidade de vida.
