Há uma excelente oportunidade de melhoria do cristianismo: anular o dogma de que Jesus tenha morrido por nossos pecados.
Aos 10 anos de idade, Natalina já tinha noção da complexidade das coisas. Pela observação, pela leitura, perguntando. Admirada com a imensidão do universo e os micro sistemas orgânicos de plantas e animais, ela ouviu de sua avó Lina que foi Deus que criou tudo.
– E Deus nos ama tanto que enviou o próprio filho Jesus para morrer por nossos pecados – Lina completou, mostrando um crucifixo.
Natalina, que considerava o menino Jesus seu irmãozinho gêmeo, incomodou-se em imaginá-lo ter de ser sacrificado. Aliviou-se dizendo:
– Ah, se Deus criou tudo ele é MUITO INTELIGENTE! Ele ia ter ideia melhor para resolver nossos pecados sem o filho ter de morrer – disse e foi logo dando sugestões:
– Deus podia mudar essa lei de um morrer pelo pecado dos outros.
Aos 10 anos ela teve oportunidade de usar o pensamento crítico para verificar a validade de antigas tradições. Com esta abertura para o pensamento, teve diversas outras ideias para evitar o sofrimento de Jesus, à medida que conheceu os antecedentes do dogma do sacrifício, desde Adão e Eva.
– Um bom jardineiro não plantaria uma árvore cujo fruto fosse proibido – disse Natalina, ainda criança.
– Um bom pai não proibiria o conhecimento do bem e do mal. Conhecimento necessário para escolher o bem e evitar o mal – disse Natalina, na adolescência.
Não foi boa ideia dos antigos dizer que Jesus morreu por nossos pecados. Anulando esse dogma, seremos justos com Deus e com Jesus.
