A história de vida de cada pessoa é influenciada por infinitas histórias de outras pessoas, de grupos e de instituições. Muitas dessas histórias são imaginárias, mesmo sendo baseadas em histórias reais.

Quando contadas, há interferência do narrador. Há interferência também de quem escuta, na escolha em o que considerar ou não, memorizar ou não. Os fragmentos considerados são combinados com outras histórias de sua memória ou imaginação. Imaginação e realidade se permeiam e impactam nos fatores que definem crenças e costumes. 

Além disso, qualquer projeto que fazemos é baseado em imaginação. Imaginamos o que vai se ter quando o projeto for realizado.

Assim, a história de Natalina, que passo a contar, é, ao mesmo tempo, imaginação e realidade, na busca de melhoria de crenças e costumes.

Natalina havia visto o avô Moabe dizer que “segredo é a alma dos negócios”. Ouviu da avó Ruth que é preciso se informar para evitar ser iludida por aqueles que ignoram exemplos da história.

Por que não ignorar exemplos da história?

Por sua própria história e pela história de seu povo, Ruth tinha motivos suficientes para não deixar a história ser esquecida. Por mais triste que fosse. Descendente de judeus da Europa oriental, ela foi trazida para o Brasil pelos seus avós quando ainda era bebê. Os pais de Ruth foram mortos pelo nazismo.

Natalina foi influenciada pela fala desses avós paternos. Entre suas indagações de adolescência, incluiu a tentativa de entender os limites de crença de um casal em que se defende tanto o segredo quanto a necessidade de informação.

Assine

Você receberá email anunciando novas postagens.

Muito bem! Sua assinatura foi um sucesso!

Pin It on Pinterest

Share This