A qualidade na gestão pública depende de coleta e consideração de fatos e dados. Fatos e dados são recursos fundamentais para definir projetos adequados às demandas da população.

No entanto, fatos e dados não garantem a justiça na gestão pública. Pessoas com poder de decisão são influenciadas por suas crenças ideológicas, partidárias e religiosas. Crenças são princípios básicos que levam a pessoa a tender para um lado em seus julgamentos. Mesmo pessoas com alto nível de conhecimento têm essas tendências. É a natureza humana. Precisamos de crenças. O problema está em como as crenças consistentes são definidas, como são definidos seus limites.

Para tornar a crença consistente, a pessoa não aceita considerar as evidências de que sua crença tem equívocos. A crença rigorosa e carregada de defeitos domina a pessoa, tornando-a incapaz de ver oportunidades de melhoria nessa crença. Assim, se diz ser de direita ou de esquerda, conservador ou progressista, católico ou evangélico. Se diz “do bem” e trata os outros como sendo “do mal”. Nesses posicionamentos radicais, a pessoa não percebe que sua crença é como uma bandeja ou vaso de cerâmica, de tijolos, de pedra, de ferro, em que é tolhida como os bonsais. As miniaturas de árvores que são pequenas porque lhes foram podadas a respiração e as raízes. E a pessoa se torna fácil objeto de manipulação por oportunistas sem caráter.

Como se libertar do rigor da bandeja do bonsai? Da crença rigorosa? Observar e  analisar com liberdade fatos e dados que estão além da borda de sua crença é um bom começo.

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