Andar é coisa complicada. É preciso verificar qual perna está atrás antes de dar o passo, senão se sai de ré. Para liberar essa perna, é preciso inclinar o corpo sobre a outra. Então empurrar o pé da perna de trás no solo, encolher essa perna, puxá-la para frente. Enquanto isso, inclina-se o corpo para que ele caia sobre a perna que acabou de dar o passo, logo que ela for colocada no chão. Para que tudo funcione na medida certa, é preciso enviar impulsos elétricos na potência adequada às fibras musculares devidamente localizadas. Se isso tudo não for feito em harmonia, o corpo cai.
Assim, se anda, joga bola, dança.
A descrição acima é uma redação grosseira de um procedimento padrão.
Se andar não fosse tão automatizado, você precisaria ler o texto acima a cada passo. Só daria o passo seguinte, se tudo tivesse ocorrido conforme as normas da caminhada.
Por que digo tudo isso?
Porque nossa evolução técnica, no controle da qualidade evolui assim.
Com o 5S em melhorias simples, aprendemos a andar. Praticamos, padronizamos, seguimos padrões. Automatizamos as boas práticas.
À medida que evoluímos na qualidade, procedimentos simples nem precisam mais de checklist, de manuais.
Hoje, os negócios ainda são fortemente estimulados pelo lucro, derrubar concorrentes, conquistar mercados. A empresa está em guerra no mercado e precisa, internamente, que seus funcionários sejam colaborativos. Esse contrassenso atrapalha o compasso, a harmonia da caminhada, da dança.
É importante estimular a caminha sustentável. Aliás, é fundamental ser sustentável.