Está em debate a proposta unir o Ministério do Meio Ambiente com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (o que pode estimular Estados a fazerem o mesmo com secretarias). É uma ideia recorrente em campanhas eleitorais.

Porém, se for mesmo necessário reduzir pastas, vejo mais sentido em unir Meio Ambiente e Saúde.

Posso pensar diferente por influência do 5S, que chegou ao Brasil como programa para preparar o ambiente das empresas para a qualidade. E na tradução que utilizo, o quarto S está como Senso de Saúde, ou seja, padronização de boas práticas, de práticas saudáveis. Assim vejo Meio Ambiente e Saúde como intimamente ligados.

No noticiário, quando se fala de saúde, é muito comum mostrar problemas hospitalares, de ação no efeito. Atendendo Meio Ambiente e Saúde em uma mesma pasta, o papel do Meio Ambiente se torna o que realmente precisa ser: cuidar das causas da saúde. A pasta passa a ter força na prevenção, deixando de ser necessário tanto remediar. A saúde se torna universal, considerando que é necessário cuidar da biodiversidade, o cuidado da vida em todos os biomas: rurais e urbanos; na terra, no ar e na água. Nas casas, quintais, ruas, edifícios, fábricas. Esse cuidado contribui para nossa saúde física, orgânica.

A atenção do Meio Ambiente aos patrimônios históricos e de preservação permanente colaboram para nossa saúde cultural, de memória.

Unir Meio Ambiente com Agricultura, Pecuária e Abastecimento é uma ideia para o lucro imediato e prejuízo futuro à saúde.

Educando o cuidado do Meio Ambiente com foco em Saúde, facilita a consciência do empreendedor do campo sobre a saúde de seu negócio a longo prazo.

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