Certa vez, uma empresa me encomendou a criação de um folheto para orientar o 5S, mas pedindo para citar apenas os três primeiros sensos.
A prática dos três primeiros sensos pode promover impacto significativo. No entanto, não garante a persistência das pessoas na manutenção das melhorias conseguidas e nem a busca de melhoria contínua.
Os três primeiros sensos são de ação, estimulando agir e promovendo a melhoria do jeito de agir.
Pessoas assim agem, mas não necessariamente têm iniciativa para avaliar o impacto de o que fizeram, nem de definir padrões de melhoria e nem de assumir compromisso com os padrões. Falta-lhes o jeito de ser. O jeito de ser no 5S é estimulado pelo dois últimos sensos do 5S.
O bom entendimento do 5S acontece quando a pessoa é orientada a aplicar os cinco sensos, rodando várias vezes o 5S, em melhorias simples, em melhoria contínua. Cada vez que roda os cinco sensos, exercita o jeito de agir e o jeito de ser.
Assim, a persistência do 5S na instituição e na vida pessoal do praticante do 5S é baseada em autodisciplina, dependendo menos de auditores e facilitadores pressionando ou estimulando.
A evolução do jeito de ser e de agir com 5S facilita a sintonia do jeito de ser com o jeito de agir, ou seja, a pessoa se sentirá bem em fazer o que precisa ser feito, tendo disponibilidade de energia emocional para novas ideias e melhoria contínua.