Em uma coisa os cientistas sociais concordam: o jeito de viver e de trabalhar mudou radicalmente. As orientações para empregabilidade de algumas décadas atrás não funcionam bem no mundo de hoje.
Em outra coisa, os cientistas orgânicos concordam: nosso organismo é muito parecido com o de nossos antepassados de dezenas de milhares de anos atrás. E nós, seres humanos, somos todos muito parecidos. Há uma teoria estatística de que somos todos descendentes de 10 mil pessoas que viveram 100 mil anos atrás. O cálculo é feito a partir da variação genética que há entre os seres humanos e quanto ocorre de mutações a cada geração.
Os preconceitos raciais são bobagens de quem não consegue reconhecer sua própria família.
A parte orgânica é o melhor que temos. Podemos nos adaptar a qualquer coisa do mundo, mas só vamos nos sentir no que nos transformamos se continuarmos vivos. Portanto, a vida em primeiro lugar.
E, melhor ainda, quando é vida de qualidade, quando há qualidade de vida. Só efetivamente vamos ter qualidade de vida com as inovações tecnológicas se continuamente considerarmos que a evolução orgânica é lenta. Aqui estou me referindo à evolução de um organismo, de uma pessoa ao longo de sua vida.
Para os músculos e ossos se fortalecerem é preciso exercitá-los com persistência e paciência. Para formar conhecimento é preciso informação e, principalmente, reflexão, pensamento. Não se mudam com o apertar de um botão.
O apertar de botão não se aplica a tudo. Portanto, não nos tornemos completamente dependentes da tecnologia. Preservemos e cuidemos de nossa natureza orgânica. Isso é viver.