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Veja em vídeo.

Dizem que o sacrifício de Jesus, do justo no lugar do pecador, foi vontade de Deus. Sacrificar o justo para salvar o pecador é fazer justiça? Não. E não é um bom exemplo para a humanidade. Seria Deus injusto? Não. A culpa não é de Deus, mas de tradições injustas, desde os primeiros livros da Bíblia. Injustiças impostas porque os levitas queriam comer carne. Jesus cordeiro de Deus é sequência da tradição de sacrificar animais puros para salvar pecadores. Por diversos pontos em Gênesis e Êxodo, é possível entender que o nome de Deus foi usado por Moisés para facilitar à sua tribo, os levitas, conseguir carne para comer. Essa é a explicação que me parece mais coerente. É a explicação que isenta Deus de ser culpado na crueldade aos animais inocente. Isenta Deus de ser injusto em permitir Jesus sofrer tanto no lugar de pecadores.

Segundo a tradição, foi o levita Moisés quem escreveu os livros iniciais da Bíblia, dando aos levitas a missão de só cuidar das coisas de Deus, não tendo posses. Seriam alimentados pelas oferendas das outras tribos. Para não receber só grãos, Moisés teve a ideia de dizer que doar animal para sacrifício é meio de expiar pecado, que Deus gosta do sangue derramado e do cheiro de carne queimada. Foi injusto com os animais e com Deus.

É bem provável que os adoradores do bezerro de ouro gostassem de animais e não aprovaram essa lei. Por isso foram mortos. Os levitas mataram 3000 mil deles em um dia, ainda dizendo que foi ordem de Deus. Injustiça contra vizinhos, amigos e irmãos que adoravam animal e injustiça contra Deus. Ficou como se Deus tivesse ordenado matar logo depois de ter declarado o mandamento de não matar.

Sutilmente, Moisés inseriu, na história antiga, vários pontos para forçar o entendimento de que o sacrifício de animal cobre o pecado humano. Para cobrir a vergonha de  pecado está escrito que Deus fez roupa de pele para Adão e Eva. Tirando a pele do animal, ele morre. Uma injustiça. Depois, disse que Deus preferiu a gordura animal oferecida por Abel e não as frutas oferecidas por Caim. Outra injustiça. Seria mais justo preferir as frutas, que são ofertas das plantas para que sementes sejam disseminadas. Foi dito que Noé escolheu animais e aves puros e sacrificou, como se Deus gostasse do aroma da morte dos animais. Foi injusto com os animais. Foi injusto dizer que Deus pediu que Abraão sacrificasse seu filho Isaque como um animal.

Jesus, iludido, aceitou ser cordeiro definitivo que vai tirar os pecados do mundo. E assim, o cristianismo começou com mais essa injustiça. Mesmo assim, podemos melhorar o cristianismo, verificando cada versículo das escrituras. Que utilizemos como referência para nossa conduta só as orientações que sejam justas.

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