I

Veja em vídeo.

João 8:32 – Conhecerão a verdade, e a verdade os libertará.

Essa expressão, atribuída a Jesus, é muito utilizada por pessoas que querem ser vistas como verdadeiras. Porém, nem mesmo Jesus conseguiu comprovar estar falando a verdade quando a pronunciou.

Jesus não conseguiu se explicar aos judeus em um templo.

Tanto que “pegaram pedras para atirar nele”. Jesus não foi apedrejado porque se ocultou e saiu do templo (João 8:59).

Por que não acreditaram em Jesus?

Ah… É porque Jesus mentia. Ele se apresentou como sendo enviado por Deus e Deus não confirmou que isso seja verdade.

Ao nomear alguém para liderar o povo, o alto da hierarquia tem a obrigação moral de apresentar essa pessoa ao povo e dizer que o povo precisa obedecer a essa pessoa.

Se Deus não fez esse comunicado diretamente aos judeus, é de entender que Jesus era um falso profeta. Mais do que isso, os judeus entenderam que Jesus tinha o demônio.

Se Jesus era mesmo enviado de Deus, Deus não agiu como gestor responsável, não agiu como bom pai. Colocou Jesus em risco de ser morto por apedrejamento. Apedrejar quem não seguia a Lei de Moisés era tradição entre eles. E Deus deveria saber disso.

Repensar e redesenhar os limites de crença pode contribuir para dar mais credibilidade à religião, ao que você diz como religioso.

Pessoas que entendem de liderança podem considerar mentiroso quem diz que foi escolhido por Deus para liderar um povo. Especialmente se há, no povo, quem não acredita nessa pessoa que se diz enviada por Deus.

Naquele mesmo dia, Jesus chegou a ter um momento positivo, evitando que uma mulher seja apedrejada, dizendo:

João 8:7 – (..) Quem de vocês estiver sem pecado seja o primeiro a atirar uma pedra nela.

Com isso, as pessoas que a queriam apedrejar se afastaram. Mas voltaram. Discutiram com Jesus e resolveram apedrejá-lo. Mais um ponto a pensar para melhorar os limites da crença, melhorar a sua religião.

  • Os judeus podem não ter considerado o aconselhamento de Jesus de só atirar a pedra quem não tem pecado.
  • Ou podem terem se sentido sem pecado – isso acontece.

Mesmo sendo o pecado considerado grave, que pode levar alguém à morte, não há como verificar se temos ou não o pecado. Não há como verificar nem por exame moderno de laboratório.

Então, se a pessoa não sentir o pecado em si, pode entender que não tem pecado, concluindo ter direito de apedrejar.

Assim, a fala de Jesus não é eficaz. Jesus condicionou, mas autorizou o apedrejamento. Tanto que até hoje pessoas são apedrejadas, por inspiração nas escrituras. A fala de Jesus foi típica de políticos com respostas rápidas para destruir o adversário, evitando o debate, evitando o esclarecimento.

Se Jesus queria mesmo educar as pessoas, poderia dizer:

João 8:7 (Sugestão) – Mesmo se você não tiver pecado, não jogue pedra nas pessoas. O pecador precisa de aconselhamento e educação para mudar sua conduta. Não é por meio de apedrejamento que educamos as pessoas.

Hoje, temos conhecimento para verificar o que é saudável ou não é saudável das orientações de Jesus.

Para refletir sobre o que foi dito aqui, leia o capítulo 8 de João, na Bíblia. É um texto curto, que pode ser lido em menos de dez minutos, lendo na velocidade com que falo no vídeo. Compare a conduta das pessoas daquele tempo com o que já sabemos hoje, graças à ciência. Vai descobrir vários pontos em que as religiões podem melhorar, redefinindo seus limites de crença.

Mas não condene Jesus. Em vários momentos ele teve boa intenção. Porém, teve também influência de histórias antigas.

Ele disse que já existia antes de Abraão. É de imaginar que Jesus conhecia as mentiras de Abraão e de Isaque, as enganações de Jacó e de seus filhos – quatro gerações de escolhidos por Deus que deram péssimos exemplos. Jesus sabia que mentiram e que Deus castigava as vítimas da mentira e não os mentirosos, beneficiando seus escolhidos enganadores.

É preciso entender.

As pessoas daquela época precisavam se proteger e escreveram que Deus sempre atende seus escolhidos, mesmo em suas maldades, mesmo com o sofrimento do povo.

As crenças serão melhores, quando a humanidade for orientada com clareza que não se deve imitar as mentiras da antiguidade.

Livros.

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