Pela herança genética que recebemos de nossas mães, já temos muito a agradecer. É uma herança cuidadosamente evoluída durante milhões de anos, que passamos a nossos filhos.

E, como somos seres humanos, diferenciados de outros animais pelos nossos conhecimentos e costumes, as mães em nossas vidas acrescentam outros valores especiais. Desde a gestação, em que elas nos deram abrigo enquanto ainda não tínhamos como respirar por nossos pulmões. Passando pela primeira infância, nos cuidados fundamentais que contribuíram de forma significativa pelo que somos durante toda a vida.

Da genética, dos costumes e dos cuidados, tive a felicidade de receber referências exemplares de conduta e preocupação com os outros de duas pessoas especiais, inesquecíveis. Minha mãe, Julita, e minha sogra, Antônia (conhecida por Antonita).

Mesmo vivendo mais de 90 anos, mantiveram, até seus últimos dias, a lucidez e a preocupação com pessoas em situação de fragilidade.

Está viva em nós a herança genética e de princípios para representá-las no mundo. Estão em minha esposa, Clara, em nossas filhas (Ana, Carolina e Beatriz) e em mim.

Assim continuamos todos vivos. Elas, em nós.

Por terem vivido tanto, elas nos trouxeram lembrança vivas do início do século passado. Vimos, até recentemente, o que pode ser a vida de uma pessoa que nasceu há mais de 90 anos. Assim, podemos imaginar o futuro das crianças que nascem agora, que serão as mães, avós, bisavós ou tataravós, a contar suas histórias depois de 2100.

Sou grato a Julita e a Antonita por inspirarem essa visão de futuro. Essa visão estimula cuidar do mundo para mães de várias gerações, de qualquer espécie, da biodiversidade.

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