Trabalhar com seres humanos é um desafio fascinante. Por vezes, acontecem coisas inesperadas.
A afirmação do menino aconteceu em um trabalho com 5S que orientei em uma sala de aula problemática, com alunos repetentes, de 11 a 14 anos de idade.
As falas da diretora e do professor representam o que já ouvi diversas vezes em muitas escolas.
Os alunos foram organizados em Grupos 5S. Cada um com o papel de monitorar um Senso.
Já no primeiro momento, sentiram-se reconhecidos por pertencerem a um grupo. E valorizados, pois receberam responsabilidade: cada um pelos companheiros e por si mesmo.
Durante quinze dias, a tarefa individual era superar o desafio de fazer duas melhorias diárias inspiradas pelo 5S. Uma melhoria para a vida de estudante e outra para a vida pessoal. Como monitor, cada um tinha de liderar os companheiros na prática do seu senso.
Depois da quinzena, reuni os praticantes e perguntei o que acharam da experiência. Uma menina disse que o 5S poderia se chamar «maracujina» porque a fez ficar mais calma. Parou de brigar à toa e está até sorrindo – coisa que não fazia.
É fácil entender porque o pai ficou mais legal, mesmo não sendo envolvido. Nessas práticas, os meninos costumam atender o que os pais sempre esperaram: organização, compromisso, estudo, etc. A melhoria do pai é efeito da melhoria do filho. O filho melhorado pode estimular o pai. Mais legal em casa, ele será assim também no trabalho.
Os grupos organizados assumem sua parte para o sucesso nas aulas. As boas notícias que vão circular no trabalho, em família, na escola e na comunidade serão estimuladoras para melhoria contínua.