Coisas que não são úteis atrapalham utilizar as coisas úteis.

Por isso, com o 5S, começamos separando o que o que não é útil de o que é útil em cada lugar, em cada atividade. Depois colocamos as coisas úteis em ordem.

São tarefas que tomam tempo e exigem paciência e persistência.

Para economizar tempo e não forçar a paciência, fomos inventando equipamentos. Até chegarmos aos dispositivos eletrônicos com botões. Com simples toques ou arrastar dos dedos, fazemos muitas coisas. Se erramos, podemos anular o comando e começar por outro caminho.

Sem perceber, começamos a acumular coisas que atrapalham ver outras coisas úteis. Não são coisas materiais. São sentimentos, às vezes irritações, a expectativa de que tudo deve acontecer imediatamente. E a paciência fica escondida por trás de tudo isso. Passamos a ter dificuldade na persistência. Isso acontece com adultos e, especialmente, com crianças e adolescentes, que não recebem desafios práticos nos primeiros anos de vida.

Enquanto apenas olhos e dedos se exercitam, o resto do corpo grita com vontade de participar. Precisa gerar químicas só possíveis no movimento e no exercício físico.

Para dar o primeiro passo, basta dar ouvido ao grito do corpo. Levantar, olhar o que está mais distante, mudar alguma coisa física de lugar. Começar a separar algumas coisas. A primeira química do primeiro movimento estimula o segundo movimento. A emoção começa a fazer parceria com a razão. A emoção, para envolvimento. A razão para o planejamento, a visão de médio e longo prazo, evitando erros em atividades em que não há botões para voltar atrás.

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