Humor crítico sobre a natureza humana, religião e colonialismo. Não é um retrato da história, mas o que poderia e deveria ser feito.

Até muito recentemente, era muito comum colocar os meninos para brigar para diversão dos adultos. Grande parte dos adultos de hoje são pessoas que apanharam ou bateram. Isso ainda está atrapalhando o entendimento humano.

A tradição de saber brigar para se proteger da briga tem a mesma raiz da tradição de provocar briga. Alguns se encolhem, se anulam; outros se tornam sádicos, pessoas que precisam ver o sofrimento do outro para se sentir bem, felizes e realizados.

Há sádicos por algum desequilíbrio neurológico natural ou adquirido por  traumatismo. Há também sadismo construído pela repetição e, ironicamente, exatamente para evitar sofrer. Por exemplo, uma pessoa extremamente pacífica machuca outra pessoa por acidente, na tentativa de separar uma briga. Essa pessoa pacífica vai se sentir tão mal que pode não conseguir dormir, errar no trabalho, ser demitida. Para que tudo isso não aconteça, seu sistema de defesa evita que ela sofra tanto. Isso é feito por compensações químicas, mudanças no sistema de culpa. Nas próximas vezes, o sofrimento por ter ferido outro será menor, menor… Até o ponto de não sofrer quando machuca outro. E, ultrapassando esse ponto, precisar provocar o sofrimento do outro para ser feliz.

Nos últimos tempo, tem ocorrido a promoção do discurso de ódio, a banalização do valor da vida, o elogio ao ato violento, o herói matador. Esses são os novos motivos para a violência e a briga. É briga motivada pelos exemplos exaltados, em que as pessoas brigam sem saber o motivo da briga, pensando que há motivo, mesmo não havendo motivo.

Podemos pacificar os ânimos, estimular a serenidade para dizer «vamos brincar», promover a interação criativa, para melhorar o mundo. Vamos estimulando o diálogo, evitando brigas, evitando guerras. Passo a passo, podemos reverter o sadismo para a vida de respeito ao outro.

Romance sobre o rigor e a liberdade sobre os dogmas de antigas escrituras. Continuação do livro O Resgate da Existência.

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